Nom é a primeira vez que a revista flash, esse oráculo da contemporaneidademade in Portugal, nos surpreende com exclusivos reveladores sobre a vida secreta da monarquia bourbónica. Longe das garras da auto-censura espanholista e das manhas dos serviços secretos pequeno-imperiais, a revista falou-nos já livremente do possível filho bastardo que o príncipe Filipe das Espanhas poderia ter. Umha revelaçom escandalosa sobre os aspirantes ao trono, igual que a que nos mostra nesta ocasiom.
Com efeito, na capa do número da terceira semana do passado Novembro, a princesa das Astúrias voltou a ocupar o lugar de destaque com um grande retrato que nos deixa ver as suas mandíbulas assutadoramente rectangulares e um título impactante: LETIZIA, AS NOITES LOUCAS.
Ainda, e para acabar de arredondar o impacte, umha pequena foto da princesa enfeita a capa da revista, e nela podemos vê-la numha postura estranha, que até ao momento pensávamos que a realeza estava fisicamente impedida de realizar. Num verdadeiro exercício e ioga ideológico, a princesa levanta o punho esquerdo ao ar com cara de solenidade.
Aberta a revista na página correspondente, a flash informa-nos que a pincesinha assistiu um concerto dos Bon Jovi em Madrid com amigas, deixando o Príncipe Filipe em casa, de Rodríguez. Afinal, a postura do braço era apenas um signo de emoçom durante um concerto, e parece que a cousa nom era para tanto.
Porém, chamou a nossa atençom a data do concerto: 6 de Novembro de 2010. Sim, senhores e senhoras, o mesmo dia que o o Papa pisava (pouquinho) a capital da Galiza, numha visita que passará à história polas dívidas geradas, polo vazio que estava Santiago, e polo Caminho a_Teu. O mesmo dia que a própria Letizia e o seu marido recebiam o pontífice no aeroporto de Lavacolha e o despediam oito horas depois.
Quer dizer que Letizia foi a missa no Obradoiro, mas morria de vontade de sair de lá para ir a um concerto de rock. Quer dizer que enquanto ouvia a voz caduca do velhote do Vaticano dando a missa solene, pensava seguramente nas calças apertadas de John Bon Jovi marcando paquete, num exercício de hipocrisia com muitos precedentes na tradiçom católica. Quer dizer que enquanto ouvia de um velho caduco que no estado espanhol existe um perigosíssimo laicismo exaltado, na cabecinha quadrada de princesa de Astúrias ouvia-se um 'It's my life', talvez até sabendo o que significa.
Seja como for, a pouca credibilidade da fé católica, que nem a própria nobreza acredita, e as tácticas de ocultaçom desta notícia no Império Pequeno demonstram bem às claras que a monarquia espanhola é cada vez menos 'por gracia divina' e cada vez mais 'por sus santos cojones'. Por quanto tempo? Eis a questom...
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